top of page

O Trabalho com as Mãos


As mãos “são nosso primeiro contato com o concreto, são como nos defendemos, como nos expressamos, aquilo que damos uns aos outros. Nelas está nossa sensibilidade.” (Hillman, 1998 p.133).

O trabalho manual materializa os conteúdos internos, torna concreto o que antes parecia ser inatingível. O que era desconhecido toma corpo e forma e nos permite a interação, o contato e o diálogo com esses conteúdos, muitas vezes inconscientes.


É por meio desse diálogo que se constrói o caminho para a transformação. Ao interagirmos com a matéria, nossos sentidos nos permitem a experiência concreta das nossas ações e da nossa capacidade de dar a ela uma forma e uma função. Nela imprimimos nossa existência, nossa marca. O objeto reflete o homem e nesse reflexo torna-se possível o autoconhecimento e a transformação. Nesse sentido, Ostrower (1977) esclarece:

“Ao transformarmos as matérias, agimos, fazemos. São experiências existenciais – processos de criação – que nos envolvem na globalidade, em nosso ser sensível, no ser pensante, no ser atuante. Formar é mesmo fazer. É experimentar. É lidar com alguma materialidade e, ao experimentá-la, é configurá-la. Sejam os meios sensoriais, abstratos ou teóricos, sempre é preciso fazer. Enquanto o fazer existe apenas numa intenção, ele ainda não se tornou forma”. (Ostrower, 1977, p.69).


Posts Em Destaque
Posts Recentes
Arquivo
Procurar por tags
Nenhum tag.
Siga
  • Facebook Basic Square
  • Twitter Basic Square
  • Google+ Basic Square
bottom of page